Quando João Leitinho era adolescentefortune mouse grátis demo， achava bonito tocar clarinete e saxofone. Aos 16 anos， pediu ao maestro da Philarmônica 21 de Setembro para aprender. Precisou fazer um teste e， após a aprovação， ria sem parar de alegria.

Dali em diante， foram anos como músico da banda de sua cidade natal， Petrolina (PE).

Com a orquestra， tocou nos principais eventos da cidade， em alvoradas e na recepção de autoridades que visitavam a região. Dizia que gostava dos carnavais， quando saía na carroceria de veículos tocando pelas ruas da cidade.

"Era uma felicidade， era tudo que ele gostava. Cansei de ver meu pai， quando estava em casa， ficar no quarto ensaiando as estrofes das músicas. Ele sabia ler as partituras"， afirma o filho Leônidas Ferreira de Souza， 59.

João Evaristo de Souza nasceu no dia 21 de fevereiro de 1930. A infância， mesmo com a necessidade do trabalho precoce， teve seus momentos doces， principalmente pelos banhos no rio São Francisco.

Em uma viagem para Salvador， ainda adolescente， aprendeu a modelar calçados. De volta para casa， montou uma pequena fábrica e empreendeu no ramo. Vendia para cidades de Pernambuco e da Bahia. Aos sábados， viajava pela região para comercializar seus produtos.

Sempre foi comerciante e também manteve uma lanchonete na cidade， além de colocar feira em Casa Nova (BA).

Foi casado por quase sete décadas com Ana Marques Ferreira， que conheceu no colégio e com quem teve dez filhos. Criaram nove e ajudaram com alguns netos. Na hora de dormir， ia de porta em porta dos quartos para contar cada um. Se um não estivesse na cama， já era uma preocupação.

"Ele foi uma pessoa tímida， mas de coração bom. Ajudou muitas pessoas. A casa estava sempre cheia. Mãe dizia que ele deveria abrir um hotel para abrigar tanta gente que vinha do interior， entre parentes e amigos"， diz o filho Leônidas.

Nas horas vagas， gostava de caminhar –sempre avexado– pelo centro da cidade， jogar dominó e contar piadas. Entre suas histórias， estava a de um canário que voou com gaiola e tudo.

Nos últimos anos， João Leitinho ficou cego e acamado. Morreu no dia 16 de novembro， aos 94 anos， de insuficiência respiratória.

Deixa nove filhos: Nivia Cleia， Suzana， Eliana， Betâniafortune mouse grátis demo， Giselia， Ana Cristina， Leônidas， João Bosco e Lázaro. Também ficam 31 netos， 35 bisnetos e sete tataranetos.

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